Nichts anderes macht aus.
Nothing else matters.
Eu queria somente ter o dom de não estragar tudo que chega perto de mim. Só queria não sentir culpa por coisas que faço e que mesmo me fazendo bem, atingem os outros e causam mágoas.
Queria aprender a ser feliz, sem tentar ser santa ou perfeita. Porque não sou. Sou fraca, inconsequente, amoral em muitos momentos, passional quando se trata de mim mesma, exageradamente comedida quando se trata de mandar às favas situações que já não me dão paz de espírito mas que de algum modo não consigo me libertar.
O último mês foi de acontecimentos incrivelmente bons e desanimadoramente ruins. Do inferno ao paraíso e novamente ao inferno em alguns dias. Da coragem de mudar e melhorar minha vida ao desespero do estar fazendo tudo errado em questão de instantes.
Acusações, brigas, mágoas, silêncio, palavras não ditas. E a sensação de que uma vez mais vou me colocar à margem da minha própria vida e me abandonar para fazer o que esperam de mim, o que devo fazer como qualquer pessoa normal faria, e continuar vivendo. Ou sobrevivendo, seria o melhor a dizer.
O corpo está de pé. Se movimenta, sente, faz, respira, dorme.
Mas a alma já não habita mais o corpo. Se deixou perder em algum momento entre a sexta feira e hoje.
O dia está sendo de abandonos. A começar por mim, passando pelo que me deu enormes alegrias nos últimos meses - a dança - e chegando nas amizades masculinas que sempre cultivei, por inúmeros motivos sérios ou não, e que agora estão sendo pontos de discórdia.
O que mais me dói é saber que não preciso passar por nada disso, que nada me obriga a fazer o que estou fazendo agora, me entregando e desistindo do que levei tanto tempo pra conquistar.
Mas as palavras foram duras, afiadas e verdadeiras demais, ainda que sua origem não seja lícita o suficiente. E o coração, o corpo e a alma já estão feridos e fracos demais para suportarem isso sem vergar.
Se vou me reerguer? Não sei. Hoje sou capaz de afirmar que não, porque ao deixar para trás o que mais me deu motivos para sorrir nos últimos meses, entendi que não posso ter o que quero sem causar dor em algumas pessoas. E se for para doer, que seja em mim.
Vou sentir tanta falta de tudo e de todos que sou incapaz de descrever o tamanho do aperto que sinto no meu coração. Mas assim como o brilho que iluminou meu olhar e meu sorriso neste período chegou sem avisar, assim também ele será capaz de desaparecer. E poucos lembrarão que um dia me dei o direito de pensar que podia ousar ser feliz.
Mais uma vez a música me acompanha. "Nothing else matters" é um nick muito antigo, da época em que a internet era quem me mantinha em contato com amigos em chats . Pela letra da música. Pelo som. Por tudo.
Metallica, na música que me acompanha desde sempre.
Bjs
Um comentário:
adoro esta musica do metallica
mas nao gosto de ver vc tao triste.
vc se diz "Sou fraca, inconsequente, amoral em muitos momentos,"
mas eu te digo: pára de se cobrar tanto!
a perfeicao FEDE!
temos defeitos, nao somos santos.
se vc vai se reerguer?
SIM
tao rapido quanto aprende um novo passo de dança.
bjs
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