Apresentação na dança de salão, final de novembro, geram ensaios a mil toda noite.
Cansada e muito tensa, mas feliz e realizada por novamente ter confirmado o que a dança faz comigo: me revela uma pessoa melhor.
Ansiedade também no limite, pela apresentação e por uma aquisição muito fora do meu jeito de ser (mas às vezes preciso ser assim para provar para mim mesma que mereço a recompensa diária pelo meu esforço em tudo): um carro novo.
Tudo isso acontecendo, sem que o trabalho diminua, sem que as crises em casa se resolvam, sem que o mundo pare para que eu possa curtir certas coisas.
E no entanto, tenho me virado para não deixar as pequenas alegrias passarem batidas. Um sorriso que recebo, um elogio, momentos em companhia de quem me faz bem, lapsos de carinho em meio às brigas, a delicadeza de um bebê que chegou para fazer os dias da irmã que amo mais radiantes (e os meus também)...
Me faz lembrar que a vida vale a pena. Muito. Sempre.
E a frase que tem feito companhia nestes dias enlouquecedores sai de um texto, mais uma vez, daquele que me inspira constantemente, Paulo Coelho:
" O inferno é perder o controle, apesar do poder. O paraíso é manter a calma, apesar do medo."
Que eu consiga manter o paraíso na minha alma, apesar de todo medo que sinto.
Bjs
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