Mudando pra ser feliz

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Da aula, do prêmio, do livro - Editado

Feriado no país, uma calmaria só para este horário, e sem ter que ir pro trabalho, aproveito para atualizar este espaço.

Ontem foi dia de mais uma aula, e mais um pouco vou me sentindo pertencendo àquele mundo. Parece bobagem achar que uma hora de movimentação física podem modificar a vida de alguém, mas o simples fato de estar ali e conquistar mais um pouco de um espaço que eu julgava perdido é como uma injeção de ânimo ao final do dia. E vou me descobrindo novamente especial, observada e elogiada pela minha capacidade de aprender e de fazer movimentos que eu julgava impossíveis...

Eu definitivamente nasci no corpo errado, como eu sempre brinco. Sou uma mulher por fora, mas que tem pensamentos e atitudes de homem, pelo menos em relação a algumas coisas práticas da vida: detesto ir ao shopping só pra bater perna, não consigo escolher roupa mandando vendedor(a) descer dezenas de peças e experimentar uma a uma, cartão de crédito é algo que não tenho porque penso que se não posso pagar minhas compras com o dinheiro que tenho, é melhor esperar até ter, ou então esperar a vontade passar... E isso estou falando apenas de uma parte de mim, a que lida com essa esfera de "compras x shopping x dinheiro", fora mais uma série de outros itens que às vezes as pessoas não conseguem entender como pode uma mulher pensar assim...

Mas enfim, domingo decidi que ia comprar minha "recompensa" por atingir o primeiro objetivo a que me impus. Depois de enfrentar o supermercado e a feira logo cedo, dar uma arrumada na casa e lavar umas roupas, parti para o shopping e fui ver o que eu queria: um par de tênis novos.
Saí de casa quase cinco da tarde, entrei no shopping, rodei duas ou três lojas que são outlets, como de costume me apaixonei por aqueles que tem três dígitos de valor, sendo que o primeiro deles sempre é maior que quatro, mas como boa Contadora que sou, sei que meu dinheiro não nasce em árvore, fiquei com um que apesar de não ser exatamente o que eu queria (até porque rosa não é a minha cor favorita), calçou bem, é confortável para voltar a correr e acima de tudo, ficou num preço bem razoável, menos de R$200,00. E por volta das 18:30 já estava em casa de novo.


Primeira meta atingida, primeira recompensa

E falando em metas e recompensas, aquela que vai coroar o objetivo final é uma viagem desejada há tempos para Porto Alegre e Curitiba. Se tudo der certo, acontecerá em novembro, quando tiro mais dez dias de férias e quem sabe fico uma semana entre uma cidade e outra.
Esta viagem sempre foi um projeto, mas que por vários motivos eu planejava, planejava e abandonava no último instante. Agora, com tudo que anda acontecendo - para melhor - na minha vida, estou fazendo as coisas bem mais sérias que antes: já cotei hotel, passagem aérea, defini data de ida e volta, andei conversando com pessoas que podem me dar dicas em cada uma delas, e de algum modo aqui dentro de mim sei que desta vez ela não será adiada.

Quanto ao livro do Paulo, estou empacada no mesmo capítulo desde semana passada porque chegaram as minhas revistas mensais e eu queria terminar com elas, que são de leitura bem menos profunda que o livro, então optei por elas para ler a noite. Como ontem terminei com a última que tinha em mãos, hoje a noite já devo retomar o livro.

Acabei agora mesmo, e já vou partir para o próximo, que também já tinha começado, mas que terei que ler tudo de novo, pois quase não lembro o que li: O Símbolo Perdido.

E como falei de outras cidades, que abrigam pessoas que são muito especiais para mim (dentre elas o meu professor de dança favorito), termino com um pedacinho de Clarice Lispector, falando sobre saudade, que é o que mais sinto delas:

Saudade é um pouco como fome. Só passa quando se come a presença. Mas às vezes a saudade é tão profunda que a presença é pouco: quer-se absorver a outra pessoa toda. Essa vontade de um ser o outro para uma unificação inteira é um dos sentimentos mais urgentes que se tem na vida.

Bjs


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