Mudando pra ser feliz

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Considerações

Hoje li um post da Mi e resolvi escrever uma coisa que, embora não tenha a ver estritamente com o post dela, tem a ver com algo que ando sentindo.

Se as pessoas lembrassem do quanto o mundo dá voltas, elas jamais ignorariam o passado ou desprezariam os momentos em que eram aprendizes antes de serem especialistas.
Melhor mestre é aquele que aprende com seus alunos e tem a humildade de reconhecer que muito pouco sabe diante da vida.
Que valoriza cada indivíduo que esteve ao seu lado na caminhada rumo ao sucesso.
Que não faz da sua memória um quadro onde só constam as anotações do presente.
O mundo gira, e no momento em que o topo voltar a ser base, talvez não encontre as mesmas pessoas dispostas a ajudar...
(Recado pra todos que se sentem o máximo porque conseguiram uma estrelinha... O céu tem muitas outras pra serem conquistadas, vale lembrar...)
Infelizmente eu vejo que as pessoas andam com memória seletiva e conveniente... Mesmo que quem precise não leia isso, espalhar essa ideia me ajuda a continuar no meu caminho de não esquecer quem me ajudou quando eu precisei pra chegar onde estou... Gente que deixa uma estrela ser mais importante que o céu me faz ter pena e não mágoa...

E completando este raciocínio, vale ler o post inteiro dela...

"Eu não sou uma pessoa competitiva. Nunca fui. Tampouco disputei algo com outra pessoa, seja emprego, homem, papel principal em peça de teatro, atenção. Nada. Todas as minhas conquistas vieram porque tinham de vir. E as perdas, algumas vieram porque joguei a toalha e me recusei a entrar no ringue.(...)
Por que penso assim? Sempre haverá alguém um degrau acima de nós. Sempre haverá alguém um degrau abaixo de nós.(...)
A sua perna não alcança a sua orelha? A da Natalia Makarova também não. Você não é en dehors? Margot Fonteyn também não era. Você não é alta e esguia? Anna Pavlova também não era. Você não é bela e, além disso, é vista como uma bailarina mediana? Agrippina Vaganova te entenderia.
Todas fazem parte da história do ballet clássico. Mas em vez de chorarem pelos cantos, foram atrás daquilo que as fazia singulares, únicas, artistas incríveis. Trabalharam para isso. E quem está focado no próprio caminho não tem tempo de olhar para os lados.
Sinceramente? Estou cansada de pessoas que passam a vida contabilizando os próprios feitos, como se estivessem eternamente em uma acirrada competição. Suba no palco e dance. Dance! É ali que reside a alma de um artista de verdade. E isso nem todo mundo está preparado para ser." Cassia Pires 

Bjs
Mima D.

PS: Muita coisa está acontecendo, e voltar a dançar tem sido um prazer em meio às mágoas e dores que andam me acometendo...

2 comentários:

Mi disse...

Sim, Mima, nós vamos conseguir. Obrigada por citar um post meu no seu blog, me senti realmente lisongeada!

Bom, minha "luta" é com a vida mesmo. Porque se olho para os lados, sempre haverá alguém melhor do que eu (fato, muito bem explicado no seu post e com a citação do outro blog também). Mas quando eu olho no espelho, lá no fundo desses grandes olhos castanhos que Deus me deu, eu também vejo alguém melhor do que essa que escreve aqui!!! E essa é minha luta. Sem esperar por recompensas, além da minha própria paz interior e, quem sabe, a sensação de que fiz o melhor que eu pude.

Porque eu não estou fazendo o melhor que eu poderia, apenas fazendo o melhor que consigo no momento. E isso é frustrante... Como se algo dentro de mim disesse "ei, a felicidade não é pra você, ok?". Aí eu vou lá e arruino tudo o que consegui... E é claro que isso não diz respeito só a "peso". É tudo.

Mas sim. VAMOS CONSEGUIR. É a única certeza que devemos ter na vida!

Beijos!

Ex Não Vaidosa disse...

Saudações Mima! Adorei ler tudo e tb sou muito pouco competitiva! Como você, uso meu esporte para contornar TODOS os problemas da vida! Sem esporte estaria pior que ja estou! Beijos e abraços!