Mudando pra ser feliz

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Gosto de ouvir muita coisa, tenho gosto eclético, poderia até dizer.
Mas no meio de uma tarde de pensamentos me escapando insistentemente entre os muitos papéis na mesa de trabalho, foi esta música do Lulu Santos e do Nelson Motta me fez sentir um quê de tristeza, com uma dose de arrependimento, e a certeza de que estou muito, mas muito perdida em tudo que acredito ou que estou vivendo.
Músicas aliás, são indispensáveis na minha vida. E geralmente compartilho isso com pessoas que amo, quer seja mandando letras, ou comentando que deveriam ouvir esta ou aquela.
E esta é só uma das músicas que me sacodem a alma... E formam a trilha musical da minha vida.
Bjs

Apenas Mais Uma De Amor (Lulu Santos / Nelson Motta)

Eu gosto tanto de você
Que até prefiro esconder
Deixo assim ficar
Subentendido
Como uma idéia que existe na cabeça
E não tem a menor obrigação de acontecer

Eu acho tão bonito isso
De ser abstrato baby
A beleza é mesmo tão fugaz
É uma idéia que existe na cabeça
E não tem a menor pretensão de acontecer

Pode até parecer fraqueza
Pois que seja fraqueza então,
A alegria que me dá
Isso vai sem eu dizer
Se amanhã não for nada disso
Caberá só a mim esquecer
O que eu ganho, o que eu perco
Ninguém precisa saber

Eu gosto tanto de você
Que até prefiro esconder
Deixo assim ficar
Subentendido
Como uma idéia que existe na cabeça
E não tem a menor obrigação de acontecer

Pode até parecer fraqueza
Pois que seja fraqueza então,
A alegria que me dá
Isso vai sem eu dizer
Se amanhã não for nada disso
Caberá só a mim esquecer

E eu vou sobreviver...

O que eu ganho, o que eu perco
Ninguém precisa saber

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Último dia, penúltimo mês

O mês está nos seus derradeiros dias... E o ano vai pelo mesmo caminho. Época de repensar projetos, refazer planos, levantar um balanço do ano para ver nossos resultados perante a vida. E tentar acertar mais uma vez no próximo ciclo.
Não sei ao certo, mas acho que 2010 não me deixará com saudades. Ainda é preciso avaliar.
Li na Flor de Lótus o Retrô do mês de novembro, e me senti tentada a fazer o mesmo. Como escreveu maravilhosamente a Daniii, em um Desabafo bem a propósito para o meu estado de espírito, eu tenho que perder a "mania de esperar que as coisas sejam dum jeito determinado" por que "por isso a gente se decepciona e sofre." (Caio F. Abreu)
Vou daqui torcendo para que algo mude radicalmente para melhor nas próximas 24 horas... porque o abismo está chegando cada vez mais perto dos meus pés, mais uma vez.
Bjs

domingo, 28 de novembro de 2010

Do que vale a pena - verdadeiramente

Não que os problemas acabem, mas certamente se tornam um pouco mais fáceis de suportar quando existe a certeza de que há pessoas que, mesmo não me conhecendo por inteiro, dispõem de um pouco do seu tempo para se fazerem solidárias à minha dor.
Sem frases prontas, sem promessas de que tudo se resolve de pronto.
Sexta o post da Amélie me inspirou, e hoje o post de sábado da Flor de Lótus me fez sentir que não estou sozinha nas minhas dúvidas e irracionalidades de sentimentos insanos.
E as palavras de cada uma delas aqui, ao agradecerem minha visita (quando na verdade eu é que devo muito às duas pela força de seus textos nos meus momentos confusos) é que fizeram de um domingo sem muitas expectativas, o começo de uma semana um pouco mais suportável. Obrigada de todo coração por este presente.

(...)

Além delas, outras três pessoas estiveram presentes no meu dia, preocupadas em saber como eu estou e me incentivando a melhorar a frequência das minhas ondas mentais. Sei que as intenções foram as mais sinceras possíveis...
"É o melhor para você." "Você merece ser feliz." "Não importa o que os outros pensem ou digam, ou o que você acha que vai acontecer com eles, você tem que ser egoísta e pensar em você primeiro." "Você tem que parar de se magoar."
Estas são as frases que mais ouço/leio quando digo a verdade em relação ao que anda se passando na minha vida. São um incentivo? Certamente. Mas neste exato instante, para mim elas são um atestado pleno da minha incapacidade de mudar tudo aquilo que está me fazendo mal. E só fazem me machucar mais fundo...
Para não desagradar mais ninguém, desdobro mais uma vez a fantasia e torço para que acreditem nela.

(...)

O mundo não parou para que eu pudesse descer.
Os dias correram e amanhã a rotina voltará a domar meus dias, sem que eu tenha ainda conseguido me libertar do que me causa sensações e pensamentos ruins.
O silêncio, a ausência, a inconstância. Incomodam muito. E não parecem ter previsão de reversão tão breve.
A impotência, a dúvida, o medo. Paralisam e dominam. Mas ao menos o lado prático já planeja um modo de ocupar a mente e construir planos em todos os setores desta vidinha medíocre, para os próximos dias, até o fim do ano.
Mesmo que sejam, em ambos os casos, apenas desculpas de quem não quer ver o óbvio.

Bjs

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Voltar, às vezes, é como não ter partido.

“O tempo não comprou passagem de volta”. Mário Lago

O que de tão difícil há em regressar ao lugar de origem?
Talvez o sentimento de que voltar ao ponto de partida signifique voltar àquilo que angustia, incomoda, dói. Apesar da viagem em si e o destino sempre provocarem transformações no viajante, para mim está incomodando muito a sensação de que, maior que os aprendizados transformadores, são os problemas e as dificuldades existentes na origem. E o fato de que eles jamais se resolverão com quantas viagens, partidas ou chegadas eu decida fazer.
A paciência está mais que no limite. A intolerância, a irritação, a tristeza. É um pacote de coisas ruins, das piores que existem dentro de mim.
E ainda há uma profunda mágoa de não ser insistente o suficiente - já que ouvi me dizerem que força sempre teremos, se procurarmos bem e ela for necessária - para sair da beira deste abismo, do qual por algumas vezes me acreditei longe, mas que acabo sempre me arrastando para mais e mais perto.
Em ambas as viagens tive momentos ótimos, não posso ser injusta.
BsAs me trouxe, apesar do pânico do aeroporto, o novo, o desconhecido, a convivência, o cansaço físico e não mental, os sorrisos, os sorvetes e as poucas horas de sono diárias. Mas em alguns momentos a apatia tomava conta de mim, e era preciso lutar contra isso para que não pusesse a perder o prazer dos outros. Ainda assim, valeu estar ali, e quem sabe um dia, em um outro momento da minha vida, eu possa curtir novamente essa viagem como algo mais encantador ainda.
Cwb não foi diferente: pelo voo sozinha, a ansiedade em uma hora e pouco no avião, o abraço do amigo no aeroporto, os roteiros turísticos guiados por um carioca numa cidade que ele tanto critica, por ter cumprido a missão de levar algum conforto ao coração de quem sempre me ajudou. Ainda assim, nos momentos sozinha no quarto do hotel, e talvez pela chuva insistente nos dois últimos dias, a vontade de retornar mais cedo, de simplesmente sair dali, foi muito forte. Resisti bravamente e fiquei até o último dia, e mesmo com atrasos na volta, senti que também precisarei voltar lá um dia, para aproveitar a cidade como merece ser.
Depois de duas semanas entre aeroportos e cidades, entre mágoas, alegrias, tristezas, ressentimentos e dores, me vejo hoje pensando em que razões existem para que eu me julgue menos merecedora de carinho, atenção, reconhecimento, compaixão e solidariedade de pessoas que eu acreditava serem capazes de ver minhas fraquezas e estarem ao meu lado.
Li na Amélie algo que ela escreveu e que se parece muito comigo: não é porque estou sempre segura, firme, forte, decidida que significa que não preciso de carinho, apoio, proteção.
Preciso sim, muitas vezes mais até do que consigo dizer. E meus mecanismos de defesa, talvez porque nunca aprendi a me mostrar frágil, desandam pro lado rude, irritado, cruel, que ao invés de permitir a aproximação do outro, causa mais afastamento.
Hoje não sou nem sombra do que já fui. Perdida no meu mundo, me ferindo, me punindo, me maltratando. Me isolando para não machucar quem eu gosto, mesmo que por várias vezes eu acabe fazendo isso, e me culpando mais e mais.
Quero reclamar o que sei que mereço. Quero acreditar que é possível mudar o que não me deixa feliz. Quero me transformar em alguém cuja companhia seja um prazer e não um fardo. Mas quero, acima de qualquer coisa, me reencontrar.
Porque em algum ponto da trajetória que tracei para mim, deixei de ser quem eu posso ser, para me transformar em alguém que as pessoas esperam que eu seja. O senão desta decisão é que este alguém tem 'prazo de validade'. Este alguém inventado, criado, mantido de aparências, se sustenta por um tempo, que pode ser curto ou longo, dependendo do ator. Mas sempre acaba se desgastando, desbotando, empalidecendo.
É neste momento que os outros vão cobrar o que nunca perceberam que era uma farsa. Vão querer saber o que mudou, porque está amarga, impaciente, apática, triste. Vão dizer que não há motivos de estar assim, que tem tudo que qualquer pessoa poderia querer, que devia ser grata e feliz por isso. Nunca vão notar que sempre esteve assim, mas revestida de uma fantasia que agradava a todos. E quando contar a eles porque fez isso, porque se fantasiou e se anulou ou diminuiu para que eles não se desapontassem ou entristecessem, ainda terá que ouvir que ninguém nunca exigiu isso, e que devia sempre ter feito o que fosse melhor para você .
É neste ponto exato da vida em que me encontro.
Deveria estar satisfeita por milhares de coisas, deveria tratar todos ao meu redor bem, afinal, viajei, me diverti, estou 'curtindo férias', não tenho motivos para estar de mau humor ou infeliz.
E no entanto não é como me sinto. E tem sido realmente difícil, pelo menos desta vez, pelo menos por agora, disfarçar essa decepção com o mundo e comigo mesma.
Será que um dia isso passa? Será que essa mágoa um dia se cura? Quero, e preciso acreditar que sim. Preciso ordenar a vida, os pensamentos, meu mundinho particular. Preciso redescobrir o que me faz de fato feliz, e batalhar por esses sonhos. Preciso, como a criança que cai ao tentar dar os primeiros passos, mas que se levanta e insiste, teimar em levantar e caminhar para o destino que me traga a paz e a serenidade que meu coração e minha alma tem implorado.
Porque se assim não for, de que adianta estar aqui?

"Há pessoas que nos falam e nem as escutamos;
Há pessoas que nos ferem e nem cicatrizes deixam.
Mas há pessoas que, simplesmente, aparecem em nossa vida, e que marcam para sempre..." Cecilia Meireles

Bjs

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Volta... e nova ida

Terça de madrugada cheguei de Bs.As., pegada forte essa de ter que ir trabalhar no mesmo dia...
Mas não tinha jeito então fui, trêbada de sono, e aguentei até as 22h acordada (quer dizer, mais ou menos acordada).
Quarta e hoje não tive trégua no trabalho - só pra constar, eu deveria estar DE FÉRIAS - e ontem não consegui ouvir sequer o despertador para ir a academia. Hoje já um pouco melhor, consegui nadar bem, e encarar o trabalho menos lerda.
Ainda não consegui parar pra organizar as fotos e os fatos pré, durante e pós viagem, e depois de amanhã pego outro vôo rumo ao segundo destino. Nem a mala está arrumada.
Vida que segue, não consegui desligar do trabalho, mesmo sabendo que meu esforço não significa nada pra ninguém, e assim estou deixando de fazer algo que me daria prazer, que é me preparar para a viagem, e estou me consumindo num trabalho que só me causa desgaste. Vá entender o porque faço isso comigo mesma...
O que de bom tem acontecido é que ando ganhando mais e mais o carinho dos e das bolsistas da dança. E me divertindo muito! Acho que em dezembro já vou encarar o desafio de fazer aulas de também terças e quintas, na turma de iniciantes igual a minha. E amanhã já fui intimada para ir ao baile. Isso é que me dá dor de barriga só de pensar...
Vou contando os dias, mas sem muita animação. Quando voltar aproveito pra por esta 'casa' em ordem.
Bjs

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Estou indo

Bom, é chegado o dia da primeira viagem.
Agora só preciso me concentrar em ficar calma e repetir o mantra "tudo vai ficar bem e vou me divertir muito".
Até a volta.
Bjs

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Expectativas e Exigências

Às vezes a vida faz questão de mostrar que nem sempre posso ter o comando de tudo, e que devo aprender a ser menos exigente comigo mesma.
E que não posso esperar nada dos outros, pois os outros não nasceram para satisfazer minhas expectativas.

Difícil saber se alguém se sentiria negativamente ansioso com viagens decididas por si mesmo, e não impostas, do mesmo modo que stou me sentindo agora. Mas sei que o incômodo se deve muito mais ao fato de que não consigo deixar de lado a responsabilidade que me imponho, do que por ter que embarcar sozinha em um avião pela primeira vez.

Hoje a dor foi tão grande que não conseguiu ser contida no peito, e transbordou. Por mais que promessas de ser menos certinha e perfeitinha tenham sido feitas há bastante tempo, ainda são frágeis e difíceis de cumprir a risca. E permaneço me machucando pra não decepcionar quem eu nem sei se realmente se sentiria assim se eu buscasse minha própria felicidade.

É preciso ser sacudida mais uma vez, pra aprender a viver. Ou então desistir de vez, porque como está não pode sequer ser considerado arremedo de vida.

(...)

Mas justiça deve ser feita com os momentos bons que acontecem na minha vida. E nestes dias estranhos, passeando por lugares interessantes por aqui, descobri um cantinho que me chamou atenção, principalmente por um post contendo um texto digno de nota (como todos os outros que pouco a pouco fui lendo...).

E maior ainda foi a alegria quando vejo que um comentário no post me trouxe uma amiga pro meu cantinho. Obrigada, Carol, do blog Chocolate com Pimenta, por me fazer companhia a partir de agora. Seja muito bem vinda sempre!

E claro que algo mais me traria um pouco de ânimo num dia pesado por natureza. Hoje foi dia de aula e apesar de nenhuma vontade de ir, me senti muito bem em não ter faltado. "Ganhei" um bolsista por quase uma aula inteira, meu ritmo favorito começou, e finalmente, estou conseguindo aproveitar as aulas como uma terapia que deve ser. Até elogios já consigo receber, e dá uma massageada considerável no ego saber que estou sendo disputada para ser par de alguns cavalheiros.

Há uma luz no fim do túnel... tem que haver...

Bjs

PS: Faltam 4 dias para a primeira partida, e 11 para a segunda. Vou me esforçar bastante para não fazer das viagens suplícios, pois não são, e poder aproveitar muito, como qualquer pessoa 'normal' faria.