Mudando pra ser feliz

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Quando o conflito é interno

Hoje recebi uma notícia maravilhosa, de alguém que amo muito.
Isso deveria me fazer a pessoa mais feliz do mundo, justamente por saber do tamanho da felicidade dela com a novidade.

Sim, estou feliz por ela. Muito. Mas o mesmo tempo, por dentro, estou muito, muito infeliz por mim.
Porque fico pensando que apesar de toda alegria que essas mudanças trarão, vou sofrer muito se não mudar agora aquilo que está me deixando mal.

Vou me sentir ainda mais culpada por olhar para mim, mais ansiosa por querer ajudar o mundo a resolver os problemas que não são meus, mais triste por saber que não há reconhecimento nenhum me esperando ao final. Nem sequer um 'muito obrigado', apenas aquilo que já estou acostumada a ouvir como 'você faz isso porque quer, devia pensar em você mesma, no final tudo dá certo, não precisa ficar se desgastando'.

Mas ainda não aprendi a ser assim. E é esse confito entre ser o que quero e não desapontar os outros que me deixa triste hoje. Mal, muito mal.

Preciso acreditar em mim mesma que vai passar. Que eu posso e mereço algo melhor. E que certamente isso não está onde e nem como eu estou agora.

Hoje o dia entardeceu com prenúncios de tempestades. Dentro e fora de mim.

Bjs

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Um colo e duas decisões

Hoje tudo que eu mais queria era um colo. Daqueles que a gente não precisa dizer nada, só deitar e se sentir aconchegada, querida, segura.
Há muito tempo venho adiando duas decisões, em duas esferas distintas da minha vida. E volta e meia sou confrontada por mim mesma, e acusada de uma covardia sem limites por não tomar nenhuma delas.
Hoje foi um dia assim, de confronto e incômodo.

Olho ao meu redor e percebo que minha insatisfação e impaciência só fazem aumentar, por um motivo mais que justo, afinal não tomo a decisão de mudar aquilo que sei que não funciona mais para mim. Isso é ruim para mim, mas pior ainda para os que me cercam: família, amigos, colegas de trabalho ou de aula. É a nuvem negra que insiste em pairar sobre mim e que consequentemente afasta os outros.

Nem no lugar onde me sinto bem fui capaz de ter sorrisos verdadeiros. E olha que foram mais de três horas rodeada de pessoas que considero demais, algumas se esforçando bastante para arrancarem um sorriso deste corpo. E conseguindo em alguns momentos.

Mas de fato, por mais que eu adore estas pessoas, isto é apenas um cicatrizante temporário. A sutura definitiva e que estancará o sangue que teima em sair destes cortes só virá com a tomada das decisões neste dois campos.

E mais uma vez me convenço de que o tempo delas serem tomadas já passou faz tempo, e que se eu não fizer isso o quanto antes, vou viver presa àquilo que me dói, me angustia e me deixa assim como hoje. Mais uma vez, me fazendo sentir uma pessoa muito, muito pior do que eu sei que sou, e que sou capaz de ser.

Preciso ter um pouquinho só de tempo para ordenar os pensamentos que estão mais confusos que nunca. Um tempo comigo, para mim, de egoísmo puro, mas necessário.
E preciso que isto seja o mais breve possível, antes que os momentos ruins se tornem regra e não exceções, e que algo menos saudável se manifeste na minha vida novamente.

Hoje peço mais coragem e determinação que paciência ou calma. E muita ajuda a Deusa, porque sozinha tem sido impossível.

Bjs

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Fé em Deus

Muito, muito, muito trabalho. E a agonia de sempre em achar que nada vai dar tempo, mas ralar até o último segundo pra poder dar conta.
E me estourar (por dentro e por fora) por causa disso. É fogo, mas POR ENQUANTO é a minha vida.
Mas isso um dia vai passar. vai acabar. Tenho fé que vai.
E como a fé não me abandona, a trilha musical é dele, que ao menos a voz me acalma e me alegra:

Fé em Deus
(Diogo Nogueira)
Composição: Flavinho Nogueira

A luta está difícil, mas não posso desistir
Depois da tempestade, flores voltam a surgir
Mas quando a tempestade demora a passar
A vida até parece fora do lugar
Não perca a fé em Deus, fé em Deus
Que tudo irá se acertar
Pois o sol de um novo dia vai brilhar
E essa luz vai refletir na nossa estrada
Clareando de uma vez a caminhada
Que nos levará direto ao apogeu
Tenha fé, nunca perca a fé em Deus

Pra quem acha que a vida não tem esperança
Fé em Deus
Pra quem estende a mão e ajuda a criança
Fé em Deus
Pra quem acha que o mundo acabou
Pra quem não encontrou um amor
Tenha fé, vá na fé
Nunca perca a fé em Deus

Pra quem sempre sofreu e hoje em dia é feliz
Fé em Deus
Pra quem não alcançou tudo que sempre quis
Fé em Deus
Pra quem ama, respeita e crê
E pra aquele que paga pra ver
Tenha fé, vá na fé
Nunca perca a fé em Deus

Aquilo que não mata só nos faz fortalecer
Vivendo aprendi que é só fazer por merecer
Que passo a passo um dia a gente chega lá
Pois não existe mal que não possa acabar
Não perca a fé em Deus, fé em Deus
Que tudo irá se acertar
Pois o sol de um novo dia vai brilhar
E essa luz vai refletir na nossa estrada
Clareando de uma vez a caminhada
Que nos levará direto ao apogeu
Tenha fé, nunca perca a fé em Deus

Pra quem acha que a vida não tem esperança
Fé em Deus
Pra quem estende a mão e ajuda a criança
Fé em Deus
Pra quem acha que o mundo acabou
Pra quem não encontrou um amor
Tenha fé, vá na fé,
Nunca perca a fé em Deus

Pra quem sempre sofreu e hoje em dia é feliz
Fé em Deus
Pra quem não alcançou tudo que sempre quis
Fé em Deus
Pra quem ama, respeita e crê
E pra aquele que paga pra ver
Tenha fé, vá na fé, nunca perca a fé em Deus


Quando tudo acalmar eu volto.
E mantendo a fé pra não cair no meio desta caminhada difícil...


Bjs


quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Porque navegar é preciso

Li no blog da Ana Martins, do Pequenas Epifanias, e por isso o título do post: é navegando que às vezes encontramos as palavras que precisamos.

Bjs

"Andei amando loucamente, como há muito tempo não acontecia. De repente a coisa começou a desacontecer. Bebi, chorei, ouvi Maria Bethania, fumei demais, tive insônia e excesso de sono, falta de apetite e apetite em excesso, vaguei pelas madrugadas, escrevi poemas (juro).

Agora está passando: um band-aid no coração, um sorriso nos lábios – e tudo bem. Ou: que se há de fazer?"

Caio F. Abreu

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Um final de semana diferente

Não, o caos ainda não se desfez por aqui. Mas enquanto ele não desiste de mim, vou tentando me equilibrar.
Sexta acabei não indo dançar porque no sábado voltava a dar aulas no curso, senti muuuuita falta, mas não me arrependo pois estava com saudades das minhas 'crionças'. E eles voltaram atacadíssimos depois de tanto tempo sem me verem, e pior, depois de muito tempo sem SE verem.
Passei em casa depois da aula e parti para o shopping para um aniversário de família, e depois fui comprar umas roupas para academia (quem sabe assim eu paro de me sabotar e volto a comer decentemente, para emagrecer, já que ao menos de malhar eu ainda não desisti...).

Sugerindo a irmã e ao cunhado sairmos pra comer alguma coisa, fui induzida a ir pra um lugar que, por mais que eu more aqui desde que nasci, ainda não tinha ido visitar, pelo menos não depois que ela mudou pra dentro do Pavilhão: a Feira de São Cristóvão.

Uma vista aérea do Centro Municipal Luiz Gonzaga de Tradições Nordestinas (foto daqui)

Não vou dizer que adorei o lugar, mas pelo menos perdi bastante da má idéia que eu fazia de lá. A dieta foi pro espaço, mas comi espetinho, queijo coalho, um crepe delicioso de carne seca e ainda trouxe pra casa uma barra de doce de leite com chocolate, e um vestido para o próximo baile de Forró com samba (o mais recente foi divertidíssimo, até de vestido eu fui! rsrs)

Momento "quero matar o Alan por me fazer sair na foto da Déia assim"

Falando no pessoal da dança, cada vez mais percebo o quanto ela me aproxima de pessoas que me fazem bem e exercitam meu melhor lado. Já são três os 'mais novos amigos de infância' que buscaram a minha outra profissão - a de consultora sentimental - e que tem me alugado, no melhor sentido da palavra, para conversar sobre algumas coisas que estão de certo modo lhes tirando o sossego. E é aqui que volto a lembrar do Márcio, que dizia estar vivendo um momento meio Amélie Poulain: resolvendo a vida dos outros pra não ter que pensar muito na minha.
E domingo matei um pouquinho da saudade indo dançar com eles.

E pra fechar por hoje, quero deixar um fruto que colhi nas minhas andanças pelos blogs, onde eu sempre encontro diversas coisas que me inspiram.
Desta vez encontrei um delicioso post num cantinho que me agrada muito, e não é de hoje, da Treva. Pedi permissão e vou copiar aqui o post dela que achei que tem muito a ver comigo, se olhar pra minha vida e pros meus relacionamentos complicados demais (só porque eu insisto neles):

People change. Feelings change.
It doesn't mean that the love once shared wasn't true and real. It simply just means that, sometimes, when people grow, they grow apart.

PS: A Amélie está agitando um super encontro de blogueiras e blogueiros em SP. Assim que der eu posto os detalhes, mas dá pra ter uma idéia do tamanho do evento clicando aqui.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

De tanto amor

Roberto Carlos era trilha sonora na minha infância. Mãe super fã do Rei, eu tinha que aprender ou a amar ou a detestar.
Escolhi a primeira opção porque o que ele canta me emociona demais. Letras, arranjos, tudo é bom de ouvir e sentir. E muitas vezes ouço versões em outras vozes que ficam ainda mais belas.

Esta eu ouvi na voz de Claudette Soares, e senti no peito o que ela cantou.

De Tanto Amor
(Franco De Vita / Juan Luis Morera / Llandel Veguilla)

Ah! Eu vim aqui amor
Só pra me despedir
E as últimas palavras
Desse nosso amor
Você vai ter que ouvir
Me perdi de tanto amor

Ah! Eu enlouqueci
Ninguém podia amar assim
E eu amei e devo confessar
Aí foi que eu errei

Vou te olhar mais uma vez
Na hora de dizer adeus
Vou chorar mais uma vez
Quando olhar nos olhos seus
Nos olhos seus

A saudade vai chegar
E por favor meu bem
Me deixe pelo menos só te ver passar
Eu nada vou dizer
Perdoa se eu chorar

Vou chorar mais uma vez
Quando olhar nos olhos seus
Nos olhos seus

A saudade vai chegar
E por favor meu bem
Me deixe pelo menos só te ver passar
Eu nada vou dizer
Perdoa se eu chorar

Bjs

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Pra que facilitar, se dá pra complicar?

Hoje a Long Haired Lady me escreveu algo, e eu concordo com ela.
Mas mesmo dependendo só de nós mesmos, às vezes um pequeno toque de alguém é que faz nosso mundo se tornar mais palpável, real, visível.

Sei que é uma fase. Que passa. Sempre passa. Entretanto estes dias tem sido um pouco menos simples de digerir, aceitar e transpor.

E como ainda carrego dentro de mim a 'certeza de que muito pouco sei, ou nada sei", volta e meia estou me emocionando ou me divertindo neste universo dos blogs.
Um dos que acompanho e gosto muito, que me faz sentir desejos incontroláveis de coisas que parecem meras bobagens, mas que tem muita, muita coisa interessante é o Objetos de Desejo, e em especial este post, que me fez pensar em como tento buscar mil e uma palavras quando tudo que eu queria era apenas uma, pra me fazer ser compreendida.
Vou reproduzir o post do ODD, porque acho que esta palavra caberia perfeitamente no meu instante atual:

Mamihlapinatapai - Palavra originária da Terra do Fogo e considerada como a mais sucinta do mundo. Ela é o nome de uma situação bastante complexa: “olhar trocado por duas pessoas em que cada uma espera que a outra inicie aquilo que nenhuma das duas tem coragem de iniciar”.

Não encontraria nada melhor para descrever a minha vida hoje em dia, em quase todas as esferas que a compõe.

Bjs

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Ser invisível

Sabe quando você sente que ninguém te nota? Que simplesmente não faz a menor diferença o que você pensa, sente ou quer?
Hoje eu me sinto assim. Invisível no mundo.

Parece que eu passei muito tempo vivendo pra todo mundo, e de repente percebo que aquilo que eu realmente sou não significa nada pra ninguém.
Falta aquele interesse real em saber o que me faz feliz, o que me faria esboçar um sorriso, o que conquistaria este coração tão remendado.

Claro que há honrosas excessões, mas estas acabam sendo apenas um alívio suave nos piores momentos, ainda que sejam o motivo e a razão para eu continuar acreditando em momentos melhores.
Mas nem elas hoje foram capazes de dar forma a este ser invisível que me tornei.
Me sinto só, em meio a uma multidão.
Me sinto triste, e, sem nenhum orgulho de dizer isso, invejo a felicidade sincera que me rodeia.
Me sinto desprezada, e não merecedora de ser amada, ainda que não esteja sozinha.
Me sinto invisível. E perdida. E sem chance de salvação, condenada a viver assim até o fim dos dias.

Sei o quanto é injusto esse desabafo. Tenho tudo e mais um pouco do que qualquer pessoa com o mínimo de bom senso poderia desejar. Mas isso, ao invés de me consolar, só me faz sentir pior.
Que a invisibilidade seja temporária. E que alguém seja capaz de reverter isso completamente, o quanto antes. É só isto que desejo, preciso e quero.

Bjs

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

210 dias

Deixar ir é mais complicado do que parecia. Os nove meses estão correndo. Hoje faltam 210 dias.

Me libertar do passado, dos antigos hábitos e padrões ainda não está sendo uma tarefa suave.
Por mais que eu me esforce, a ferida demora a cicatrizar, e sempre há uma situação, um fato ou uma palavra dita em um momento mais áspero, que me faz reabri-la.

Vênus está em contato com Urano indicando desafio de libertação de velhas atitudes e padrões. Dizer sim a nova vida é romper com o que sente que limita a sua autenticidade e verdade, taurino. Momento delicado para as relações que insistem em velhas fórmulas. Hora da libertação. (daqui)

O horóscopo do dia não poderia ser mais incisivo. Mas quem disse que me restam forças para esta libertação?
"Só dói quando eu respiro"... E agora até sem respirar está doendo.
Vai passar. Tem que passar.

Bjs